Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa
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21-02-2010
'Operação Nemésis'. Desmantelamento de grupo violento. 15 detidos. UECCEV do DIAP de Lisboa.
A Unidade Especial Contra o Crime Especialmente Violento do DIAP de LIsboa, no desenvolvimento de investigação criminal prolongada, dirigiu na noite de 18 para 19 de Fevereiro, uma operação de buscas e de detenções na qual participaram mais de 600 operacionais da PSP, GNR e SEF.
Foram cumpridos cerca de 13 mandados de detenção e 38 mandados de buscas, tendo por objecto indícios probatórios da prática de vários crimes de associação criminosa, extorsão agravada, coacção agravada, roubo qualificado, tráfico de droga, homicídios tentado e consumado, segurança privada ilegal, imputáveis indiciáriamente a um grupo especialmente violento e perigoso.
Foram detidos 15 arguidos, sendo que esta operação se traduziu no desmantelamento do aludido grupo organizado, que operava com a finalidade de dominar, por meio de violência grave, nomeadamente de coacção, sequestros, ameaças e até mesmo da morte, os estabelecimentos nocturnos situados numa área geográfica extensa entre a margem sul e norte do Tejo, como por exemplo nas zonas da Caparica, Charneca da Caparica, Almada, Corroios e Lisboa (Zonda de Alcantâra).
Os arguidos, através de uma suposta empresa dominada pelo chefe, exigiam avultadas quantias aos proprietários dos estabelecimentos nocturnos - bares, discotecas, restaurantes e ginásios -, com a imposição de seguranças não habilitados legalmente para o efeito, passando desta forma ilícita a controlar tais estabelecimentos e respectivos negócios. Na concretização do plano assim delineado, obrigavam os proprietários a aceitar os seguranças do grupo, sendo que destruíam, agrediam e roubavam quem se opunha aos seus designíos criminosos mantendo um clima de terror que lhes era favorável.
Os factos mais graves ocorrerram durante o final do ano de 2009, designadamente um crime de homicídio.
Foram apreendidas armas de fogo e armas brancas, munições, coletes anti-bala, 10 viaturas, 28 computadores e ouro.
O MP promoveu a prisão preventiva de 12 dos 15 arguidos detidos, atentos os fortes indícios da prática dos crimes mencionados, tendo o interrogatório judicial decorrido ao longo de Sábado, dia 20.